quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Ano Novo



Há uma empolgação generalizada em torno das festas de fim de ano que precedem a chegada de um ano novo. O natal chega com a suposta comemoração do nascimento de Jesus, gerando a expectativa de presentear e ser presenteado. Famílias se reúnem em torno duma mesa farta (pelo menos as que podem) e celebram alguma coisa. Seja lá o que for só o fato de estarem juntos em comunhão reconheço que é maravilhoso. Fico me perguntado por que o “espírito natalino” não anda tão presente nos outros dias do ano, mas isso não vem ao caso agora. Vale a pena admitir que algo bom acontece nesse período. Talvez isso tudo faça parte de uma estratégia para motivar as pessoas a entrarem no novo ano que se aproxima com disposição e esperança. Também reconheço que isso é bom! Fazer confissões positivas, desejar um próspero ano novo, isso tudo tem o seu valor. Mas acho que o que mais precisamos ouvir ao fim de um ano que se vai e às vésperas de um ano que chega é o seguinte: Desejo que você construa um ano próspero e vitorioso. Desejo que não baixe a cabeça diante dos seus erros e que não seja impiedoso com os erros dos outros, porque você vai errar e as pessoas também. A euforia do ano novo nos tira um pouco da realidade e nos transporta para um mundo mágico que não existe. O que importa é que a vida vai continuar e que as coisas novas que esperamos terão que ser buscadas e conquistadas com afinco. O ano novo está chegando, mas as coisas novas não vêm no pacote: você faz acontecer! Por isso lhe desejo sabedoria para viver bem, e disposição para vencer. Por certo, todas as outras coisas serão acrescentadas por aquele que é dono dos anos que se passaram e dos anos que estão por vir. Seja feliz!



segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O futebol e as suas curiosidades


Eu odeio o Bahia! Essa foi a frase inflamada que ontem ouvi de um torcedor do vitória. Curiosamente ontem também foi o dia em que o Vitória foi dar um passeio na serie B do futebol brasileiro (pra não dizer que foi rebaixado pra segunda divisão). Entre tapas e beijos a gente convive. Não só as torcidas de Bahia e Vitória, mas todas as outras cujos times são rivais. Como estamos na Bahia vamos falar da dupla BA-VI. É engraçado como “somos” tão radicais com o outro time a ponto de termos dificuldade de reconhecer as qualidades existentes. A torcida do Vitória em sua grande maioria foi capaz de torcer para que o Bahia não subisse para a primeira divisão, mas não são capazes de reconhecer que a subida do Bahia valoriza o futebol baiano. Em resposta a isso a torcida do Bahia amanheceu em festa: é só alegria “mô” pai, o “vitorinha” caiu! Bom seria se os dois se estivessem na elite do futebol e a galera curtisse junta o triunfo do futebol baiano em meio a hegemonia de Rio, São Paulo e Minas. Mas o que me importa é o meu: Meu Bahia ou meu Vitória. Essa maneira de torcer egoísta esconde uma maneira de viver egoísta. Na verdade não existe ódio entre times, e sim ódio entre torcedores medíocres tentando se reafirmar. Eu torço pro vitória e não detesto o Bahia. Detesto sim as provocações desnecessárias que poderiam ser puras enquanto brincadeiras, mas tem a intenção de sempre desfazer do time alheio custe o que custar. Mas é assim que funciona e penso que assim continuará. Futebol, festa, alegria; estamos um pouco longe de saber o que é isso. Mas quando a vida em todas as suas estâncias apesar de todos imprevistos se converter em festa e alegria, assim também será o nosso futebol. A mim, cabe desejar ao Vitória um rápido retorno a elite e ao Bahia uma extraordinária serie A. O futebol baiano e os baianos amantes do futebol agradecem.     

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

SEM OPÇÃO?



No próximo domingo 31 de outubro os brasileiros estarão se dirigindo às urnas para eleger o mais novo presidente da república. Em tese estaremos escolhendo o nosso representante para governar o país. Na prática muitos estão indo votar naquele que consideram o menos pior. Pois é, é exatamente essa a expressão que se tem ouvido nos corredores da sociedade. Talvez pareça uma afirmação um tanto precipitada e preconceituosa, afinal de contas nenhum dos dois candidatos teve a chance de dirigir o Brasil para ser avaliado. E se tratando de experiência política cada um tem o seu histórico de atuações a serem consideradas.  A questão é que existem saturações de ambos os lados. Mesmo tendo sido na gestão do governo atual que o Brasil se desenvolveu de maneira incrível nos últimos anos, tivemos também inúmeros casos de corrupção envolvendo pessoal do alto escalão governamental. Além do fato de que a identificação do povo com esse governo é diretamente vinculada à pessoa do presidente Luis Inácio Lula da Silva, e não necessariamente ao partido ou a qualquer apadrinhado que Lula hoje queira eleger. Do outro lado as queixas também são gritantes por uma associação imediata que se faz da linha de governo do candidato tucano com governos anteriores, e uma serie de problemas econômicos que o Brasil enfrentou nessas ocasiões. De tudo isso o que mais incomoda não é termos esses candidatos, mas sim termos apenas eles. Seria utópico um processo eleitoral onde tivéssemos sempre partidos e candidatos comprometidos com o povo. Os aproveitadores sempre estarão por perto, mas precisamos que em meio a eles a nossa voz possa ecoar através de homens e mulheres que dediquem suas vidas por aquilo que consideram digno.  Talvez essa seja nossa maior perda, não conseguirmos nos identificar com os candidatos presentes como defensores dos nossos direitos. Mas só temos eles por enquanto, então....fazer o quê? Estamos sem opção? Não, temos opções, ainda que limitadas. Podemos escolher o menos pior (se é que ele existe), ou então o melhor no conceito daqueles que apreciem os candidatos ao cargo. Podemos também votar nulo ou em branco, o que alguns dizem ser uma bobagem, mas eu contesto. Contesto por que se temos o direito de votar em quem quisermos esse direito se estende a não votar em quem quisermos. Ridículo é ter que votar por obrigação ou então votar num candidato mesmo não acreditando na sua ideologia de governo, apenas para que o outro não ganhe. Temos quatro anos pra fazer diferente, e eu creio que agente pode.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

COMBATE À VIOLÊNCIA: AÇÕES PREVENTIVAS E EMERGENCIAIS







Sempre que o tema da violência é abordado apresenta-se o desenvolvimento da educação como resposta. Se todas as pessoas tiverem a oportunidade de uma instrução digna desde a infância até a fase adulta, por certo os resultados dos níveis de violência serão reduzidos. Uma prova da falta das instruções de base e especializada é que existem milhares de empregos disponíveis em todo Brasil, mas que carecem de mão de obra qualificada. O déficit educacional existe tanto no que diz respeito ao preparo da criança e do adolescente dentro dos moldes básicos que vai desde o primário até o ensino médio, mas também no preparo desse individuo um pouco mais amadurecido para o mercado de trabalho. Em conseqüência, os desníveis sociais são cada vez mais gigantescos e uma guerra é travada entre os que se sentem (e de fato são) excluídos, e o restante da população. Não faz nenhum sentido atribuirmos a falta de investimento na educação à falta de dinheiro, mas sim a uma má utilização dos recursos públicos. Esse é um fato comprovado: a corrupção impede que os direitos sejam concedidos, e, além disso, acrescenta o caos social que conhecemos como violência urbana. Não pretendo discorrer sobre o tema de uma maneira simplista como se as origens desse mal viessem apenas de um lugar. Entretanto como já se pode constatar o seu avanço, vejamos quais opções temos diante de nós, para que medidas preventivas sejam muito bem dissociadas de medidas emergenciais. Aquilo que temos como projeto ideal, é um sistema educacional capaz de moldar as estruturas da sociedade de tal maneira que os indivíduos possam ser direcionados a um viver harmonioso, que não é utópico, mas possível desde que cada processo básico seja respeitado e devidamente cumprido. Como o ideal ainda se encontra no mundo das idéias e não está concretizado em nosso meio, precisamos de um enfrentamento mais enérgico e corajoso do nosso presente não ideal. Digo isso me referindo a um termo bastante usado hoje em dia nos telejornais: A banalização da vida. A violência não se restringe apenas a algumas agressões cotidianas, mas se estende em escala assustadoramente alta para um ponto em que podemos estar perto de não mais nos sensibilizarmos com a morte, e aprendermos a viver em meio à crueldade dos homens. Todos os esforços que visem identificar de que maneira a violência tem se difundido são válidos. Por que uns são violentos e outros não? Esses esforços acabam constatando que em muitos casos a violência tem sido apenas uma reprodução de um ato delituoso, onde os agredidos por força das circunstâncias acabam se tornando agressores. Dessa forma, penso que a grande sacada de uma eficiência no combate a violência seja tratar como emergencial aquilo que já fugiu ao controle e buscar gerar o que chamamos de projeto educacional ideal para que se colha dos seus frutos no futuro. As ações emergenciais tem como objetivo garantir o máximo de segurança e tranqüilidade aos cidadãos de bem, não permitindo assim que o crescimento do caos urbano seja cada vez maior. E pra começar não adianta implantar seção de tortura para quem comete crime hediondo. Se dependesse da minha raiva momentânea nos momentos de espanto diante das noticias horríveis de cada dia, isso até aconteceria. Mas o que realmente precisamos é de uma reforma legislativa, onde o ser humano esteja verdadeiramente em primeiro lugar. Muitos e muitos crimes poderiam não ter sido cometidos se o tratamento da justiça a essa espécie de delito fosse justa e rigorosa. O problema do rigor é que ele precisaria ser aplicado a quem de direito, e num país ainda desigual, poderíamos ver apenas pobres sendo punidos. Mas seja lá como e quando for essa reforma pode começar nas mentes inquietas de alguns inconformados que teimam em acreditar que a justiça pode e deve acontecer.

domingo, 1 de agosto de 2010

QUE OS DECENTES SE ERGAM!




Nós vivemos numa sociedade hipócrita, que fabrica os seus monstros e depois os condena. A violência sexual não é uma novidade, mas a intensificação dela nos últimos tempos deveria chamar a nossa atenção para alguns fatos. Você já se perguntou por que tantas propagandas sejam elas televisivas ou em outdoors trazem um conteúdo de insinuação sexual, mesmo que o produto em foco às vezes seja um óculos ou um chocolate? Bem, eu já me perguntei e dentre as muitas hipóteses pude constatar uma coisa: sexo vende! A grande problemática é que a lei da ação e reação é imperdoável no sentido de fazer com que as conseqüências sejam colhidas. A liberalidade que tem se instalado pelo mundo a fora e inclusive no Brasil anda lado a lado com os crescentes casos de estupro e pedofilia, só não vê quem não quer, e quem não quer vê, realmente nunca verá. Mas os fatos estão aí e não negam, vivemos um caos. No que tange a pedofilia a situação se agravou tanto que uma CPI teve que ser montada para o combate dessa DESGRAÇA que tem acometido a nossa nação. Enquanto isso, como se estivesse tudo bem surge uma música que não poderia ser melhor para embalar o momento em que vivemos: lobo mau. Algumas das frases dizem: Eu sou o lobo mau, hau, hau; Vou te comer, vou te comer, vou te comer. E logo em seguida se referindo à personagem da historinha infantil chapeuzinho vermelho a música diz: Merenda boa bem gostosinha quem preparou foi a vovozinha. E o final é claro não poderia ser mais poético: vou te comer, vou te comer, vou te comer. Não faço a mínima idéia de qual foi a intenção de quem compôs a música, mas uma coisa é certa: Ela é uma trilha sonora perfeita para ser colocada no fundo das reportagens de pedofilia. Penso como deve ficar o coração das famílias vitimadas, quando ouvem uma música assim. Querer colocar a culpa da pedofilia numa música que surgiu agora é forçar a barra e mentir. Mas querer dizer que um lixo desses que nem deveria ser chamado de música é uma coisa normal, também é uma mentira. Pessoas famosas cantam e apóiam esse “negoço” com uma naturalidade que dá nojo. Mas eu me nego a ser um cidadão passivo, e omisso. Por isso venho aqui dizer que eu não estou nem aí pra quem apóia essa pouca vergonha. Eles aparecem nas câmeras sorrindo e com as contas bancárias cheias de dinheiro enquanto milhares se lixam pra dar conta desse veneno que é a promiscuidade sexual. Quero terminar dizendo que eu sou um indignado que não tenho voz nas câmeras, mas tenho aqui no meu blog, e sei que na Bahia e no Brasil tem gente suficiente com vergonha na cara pra também se indignar com essa palhaçada e fazer com que essa denúncia corra pelos quatro cantos do país.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Realidade in memoriam





Ilusão, utopia, devaneio, que tal? Parecem pratos meio indigestos, mas por incrível que pareça a procura tem sido grande. E a realidade? Ah....essa não está com nada, dizem alguns. É nela que se encontram as dores e as angústias nossas de cada dia. Viver é sofrer? Talvez, depende de que ótica você olhe. Mas uma coisa é certa: a ilusão é uma delicia! Pelo menos enquanto dura gloriosa e triunfante. Só deixa de ser agradável quando somos despertados e trazidos novamente para o lugar que é carinhosamente chamado de DURA REALIDADE. Isso funciona mais ou menos assim: lembra quando você tem que acordar cedo pra trabalhar, estudar, ou fazer sei lá o quê? Então, o que você faz? Coloca o seu amiguinho chamado DESPERTADOR pra funcionar, e é ele que se encarrega de tirar você daquele sono celeste e te lembrar que é hora de acordar. Seja lá quem tenha sido a criatura que inventou o nome do despertador, ela foi muito feliz no que quis dizer. DESPERTADOR é a junção das palavras: DESPERTA + DOR. Em outras palavras: desperte a dor. É isso que o despertador faz, nos acorda do sono para vivermos a realidade na qual encontramos nossas dores. Agora eu entendo porque o mercado de despertadores está em baixa. Dormir é melhor. Relaxar, descansar e sonhar, sonhar muito! A realidade está fora de moda. Ou melhor dizendo, já foi enterrada, e ganhou uma memorável placa com o escrito: Jazigo perpétuo. Que lá fique e não volte mais! Morta e enterrada a realidade, o que nos resta é ilusão, utopia e devaneio. Mas ôpa, algo não foi dito. É nessa DURA REALIDADE, muitas vezes fria e cruel, que encontramos os caminhos da sabedoria para vencermos as angústias de cada dia. Sem realidade não há sabedoria; sem sabedoria não há vitória; sem vitória não há fôlego de vida. Então meu amigo, compre um DESPERTADOR!


terça-feira, 8 de junho de 2010

Sexo na Cabeça

Sexo é uma maravilha! Não poderia ser diferente, pois dentre todas as coisas que Deus criou ele está incluso. A maior intimidade entre um homem e uma mulher se dá pelo sexo, e é por meio dessa mesma intimidade que nascemos. Todavia, estamos diante de uma sociedade manchada pelo uso indevido e desenfreado do sexo. Estupros, traições conjugais, pedofilia. Embora não queiramos jamais nos acostumar com esses acontecimentos, estamos acostumados a ouvir que a cada dia eles crescem assustadoramente. Penso que é uma ingenuidade não associarmos esses desequilíbrios de ordem sexual uns com os outros e percebermos assim que não se trata de pedófilos, estupradores, e outros coitados do tipo; a questão é a raiz e não os galhos. O escritor Luís Fernando Veríssimo tem um livro muito conhecido que se chama: Sexo na Cabeça. Talvez as crônicas do autor não tenham muito haver com o nosso assunto, mas o título do livro sim. É interessante recorrermos aquele velho conceito de bode expiatório, que mostra a necessidade de que alguém leve a culpa. Os “culpados” estão sendo encontrados e “punidos”, mas porque será que os delitos continuam numa escalada constante? Por causa da raiz. Imagine que confusão daria se investigações SÉRIAS fossem feitas visando punir os verdadeiros culpados das desordens sexuais. Os transgressores diretos obviamente teriam que ser presos. E os indiretos? Quem são eles? Quem vende o sexo como um bem que precisa ser continuamente consumido? Quem permite que cenas de sexo sejam exibidas sem nenhum problema nos filmes e novelas, em canais abertos e muitas vezes à luz do dia? Quem promove propagandas de mercadorias que fazem dos apelos sexuais o meio para atrair clientes? Eles não serão presos também? Então sinto muito, não dá para acabar com a pedofilia! Não dá pra combater os abusos e toda sorte de violências praticadas contra crianças e adultos todos os dias. O Sexo está na cabeça como diz o livro de Veríssimo, mas alguém colocou ele lá.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

ENTRE A GLÓRIA E O CAOS

Viva o Brasil! Os noticiários acerca do desenvolvimento econômico do país são cada vez mais empolgantes. O nosso ilustre presidente da república contrariou a lógica e se tornou um ícone mundial. O país não deve nada a ninguém e, além disso, passou a emprestar; o FMI não mais nos assombra. Esses são fatos reais que nada tem haver com manobras políticas irregulares. O Brasil cresceu economicamente e se tornou robusto aos olhos de nações poderosas, que com toda certeza, hoje querem ser nossos amigos como nunca. O que me preocupa em meio a essa euforia é o fato de estarmos numa nação onde infelizmente a corrupção tem falado mais alto. Crescimento econômico não é garantia de melhoria de vida! Me perdoem os mais entendidos, mas nós sabemos que se não houver uma digna administração dos recursos financeiros, esse desenvolvimento que hoje comemoramos apenas representará o aumento das riquezas de quem já era rico. É exatamente agora que aumenta a nossa necessidade de vigilância. Precisamos definir criteriosamente os nossos candidatos e fazer uma rigorosa análise daqueles que já estão governando. Não é justo que os brasileiros sejam informados do crescimento do país apenas pela televisão. Esse crescimento precisa chegar nas pessoas, nas escolas, nas periferias. Esse crescimento precisa alcançar você! Enquanto isso não acontecer, comemoraremos a glória em meio ao caos.