segunda-feira, 9 de agosto de 2010

COMBATE À VIOLÊNCIA: AÇÕES PREVENTIVAS E EMERGENCIAIS







Sempre que o tema da violência é abordado apresenta-se o desenvolvimento da educação como resposta. Se todas as pessoas tiverem a oportunidade de uma instrução digna desde a infância até a fase adulta, por certo os resultados dos níveis de violência serão reduzidos. Uma prova da falta das instruções de base e especializada é que existem milhares de empregos disponíveis em todo Brasil, mas que carecem de mão de obra qualificada. O déficit educacional existe tanto no que diz respeito ao preparo da criança e do adolescente dentro dos moldes básicos que vai desde o primário até o ensino médio, mas também no preparo desse individuo um pouco mais amadurecido para o mercado de trabalho. Em conseqüência, os desníveis sociais são cada vez mais gigantescos e uma guerra é travada entre os que se sentem (e de fato são) excluídos, e o restante da população. Não faz nenhum sentido atribuirmos a falta de investimento na educação à falta de dinheiro, mas sim a uma má utilização dos recursos públicos. Esse é um fato comprovado: a corrupção impede que os direitos sejam concedidos, e, além disso, acrescenta o caos social que conhecemos como violência urbana. Não pretendo discorrer sobre o tema de uma maneira simplista como se as origens desse mal viessem apenas de um lugar. Entretanto como já se pode constatar o seu avanço, vejamos quais opções temos diante de nós, para que medidas preventivas sejam muito bem dissociadas de medidas emergenciais. Aquilo que temos como projeto ideal, é um sistema educacional capaz de moldar as estruturas da sociedade de tal maneira que os indivíduos possam ser direcionados a um viver harmonioso, que não é utópico, mas possível desde que cada processo básico seja respeitado e devidamente cumprido. Como o ideal ainda se encontra no mundo das idéias e não está concretizado em nosso meio, precisamos de um enfrentamento mais enérgico e corajoso do nosso presente não ideal. Digo isso me referindo a um termo bastante usado hoje em dia nos telejornais: A banalização da vida. A violência não se restringe apenas a algumas agressões cotidianas, mas se estende em escala assustadoramente alta para um ponto em que podemos estar perto de não mais nos sensibilizarmos com a morte, e aprendermos a viver em meio à crueldade dos homens. Todos os esforços que visem identificar de que maneira a violência tem se difundido são válidos. Por que uns são violentos e outros não? Esses esforços acabam constatando que em muitos casos a violência tem sido apenas uma reprodução de um ato delituoso, onde os agredidos por força das circunstâncias acabam se tornando agressores. Dessa forma, penso que a grande sacada de uma eficiência no combate a violência seja tratar como emergencial aquilo que já fugiu ao controle e buscar gerar o que chamamos de projeto educacional ideal para que se colha dos seus frutos no futuro. As ações emergenciais tem como objetivo garantir o máximo de segurança e tranqüilidade aos cidadãos de bem, não permitindo assim que o crescimento do caos urbano seja cada vez maior. E pra começar não adianta implantar seção de tortura para quem comete crime hediondo. Se dependesse da minha raiva momentânea nos momentos de espanto diante das noticias horríveis de cada dia, isso até aconteceria. Mas o que realmente precisamos é de uma reforma legislativa, onde o ser humano esteja verdadeiramente em primeiro lugar. Muitos e muitos crimes poderiam não ter sido cometidos se o tratamento da justiça a essa espécie de delito fosse justa e rigorosa. O problema do rigor é que ele precisaria ser aplicado a quem de direito, e num país ainda desigual, poderíamos ver apenas pobres sendo punidos. Mas seja lá como e quando for essa reforma pode começar nas mentes inquietas de alguns inconformados que teimam em acreditar que a justiça pode e deve acontecer.

domingo, 1 de agosto de 2010

QUE OS DECENTES SE ERGAM!




Nós vivemos numa sociedade hipócrita, que fabrica os seus monstros e depois os condena. A violência sexual não é uma novidade, mas a intensificação dela nos últimos tempos deveria chamar a nossa atenção para alguns fatos. Você já se perguntou por que tantas propagandas sejam elas televisivas ou em outdoors trazem um conteúdo de insinuação sexual, mesmo que o produto em foco às vezes seja um óculos ou um chocolate? Bem, eu já me perguntei e dentre as muitas hipóteses pude constatar uma coisa: sexo vende! A grande problemática é que a lei da ação e reação é imperdoável no sentido de fazer com que as conseqüências sejam colhidas. A liberalidade que tem se instalado pelo mundo a fora e inclusive no Brasil anda lado a lado com os crescentes casos de estupro e pedofilia, só não vê quem não quer, e quem não quer vê, realmente nunca verá. Mas os fatos estão aí e não negam, vivemos um caos. No que tange a pedofilia a situação se agravou tanto que uma CPI teve que ser montada para o combate dessa DESGRAÇA que tem acometido a nossa nação. Enquanto isso, como se estivesse tudo bem surge uma música que não poderia ser melhor para embalar o momento em que vivemos: lobo mau. Algumas das frases dizem: Eu sou o lobo mau, hau, hau; Vou te comer, vou te comer, vou te comer. E logo em seguida se referindo à personagem da historinha infantil chapeuzinho vermelho a música diz: Merenda boa bem gostosinha quem preparou foi a vovozinha. E o final é claro não poderia ser mais poético: vou te comer, vou te comer, vou te comer. Não faço a mínima idéia de qual foi a intenção de quem compôs a música, mas uma coisa é certa: Ela é uma trilha sonora perfeita para ser colocada no fundo das reportagens de pedofilia. Penso como deve ficar o coração das famílias vitimadas, quando ouvem uma música assim. Querer colocar a culpa da pedofilia numa música que surgiu agora é forçar a barra e mentir. Mas querer dizer que um lixo desses que nem deveria ser chamado de música é uma coisa normal, também é uma mentira. Pessoas famosas cantam e apóiam esse “negoço” com uma naturalidade que dá nojo. Mas eu me nego a ser um cidadão passivo, e omisso. Por isso venho aqui dizer que eu não estou nem aí pra quem apóia essa pouca vergonha. Eles aparecem nas câmeras sorrindo e com as contas bancárias cheias de dinheiro enquanto milhares se lixam pra dar conta desse veneno que é a promiscuidade sexual. Quero terminar dizendo que eu sou um indignado que não tenho voz nas câmeras, mas tenho aqui no meu blog, e sei que na Bahia e no Brasil tem gente suficiente com vergonha na cara pra também se indignar com essa palhaçada e fazer com que essa denúncia corra pelos quatro cantos do país.