sexta-feira, 29 de outubro de 2010

SEM OPÇÃO?



No próximo domingo 31 de outubro os brasileiros estarão se dirigindo às urnas para eleger o mais novo presidente da república. Em tese estaremos escolhendo o nosso representante para governar o país. Na prática muitos estão indo votar naquele que consideram o menos pior. Pois é, é exatamente essa a expressão que se tem ouvido nos corredores da sociedade. Talvez pareça uma afirmação um tanto precipitada e preconceituosa, afinal de contas nenhum dos dois candidatos teve a chance de dirigir o Brasil para ser avaliado. E se tratando de experiência política cada um tem o seu histórico de atuações a serem consideradas.  A questão é que existem saturações de ambos os lados. Mesmo tendo sido na gestão do governo atual que o Brasil se desenvolveu de maneira incrível nos últimos anos, tivemos também inúmeros casos de corrupção envolvendo pessoal do alto escalão governamental. Além do fato de que a identificação do povo com esse governo é diretamente vinculada à pessoa do presidente Luis Inácio Lula da Silva, e não necessariamente ao partido ou a qualquer apadrinhado que Lula hoje queira eleger. Do outro lado as queixas também são gritantes por uma associação imediata que se faz da linha de governo do candidato tucano com governos anteriores, e uma serie de problemas econômicos que o Brasil enfrentou nessas ocasiões. De tudo isso o que mais incomoda não é termos esses candidatos, mas sim termos apenas eles. Seria utópico um processo eleitoral onde tivéssemos sempre partidos e candidatos comprometidos com o povo. Os aproveitadores sempre estarão por perto, mas precisamos que em meio a eles a nossa voz possa ecoar através de homens e mulheres que dediquem suas vidas por aquilo que consideram digno.  Talvez essa seja nossa maior perda, não conseguirmos nos identificar com os candidatos presentes como defensores dos nossos direitos. Mas só temos eles por enquanto, então....fazer o quê? Estamos sem opção? Não, temos opções, ainda que limitadas. Podemos escolher o menos pior (se é que ele existe), ou então o melhor no conceito daqueles que apreciem os candidatos ao cargo. Podemos também votar nulo ou em branco, o que alguns dizem ser uma bobagem, mas eu contesto. Contesto por que se temos o direito de votar em quem quisermos esse direito se estende a não votar em quem quisermos. Ridículo é ter que votar por obrigação ou então votar num candidato mesmo não acreditando na sua ideologia de governo, apenas para que o outro não ganhe. Temos quatro anos pra fazer diferente, e eu creio que agente pode.