sexta-feira, 28 de setembro de 2012

UM SONHO POSSÍVEL





Mais uma vez estamos às vésperas de uma eleição no Brasil. Dessa vez os cargos a serem ocupados são de vereador e prefeito nas mais variadas cidades brasileiras. Ironicamente (e drasticamente) o motivo que me levou a escrever sobre as eleições esse ano, é o mesmo pelo qual escrevi em 2010. Naquela ocasião para muitos eleitores a disputa eleitoral para a presidência da república foi marcada por um grande desgosto e pela tarefa nada agradável de ter que escolher entre o candidato que achasse menos pior. Havia um desgaste com a imagem do PSDB e uma desconfiança gigantesca com a candidata do PT, que hoje é a nossa presidenta. Por esses motivos, milhares de brasileiros se sentiram frustrados em não ter um candidato que de fato os representasse, mas precisarem votar na tentativa de impedir a vitória daquele que representasse uma possível ameaça ao país. Dois anos se passaram, não é mais a presidência que está em jogo, e os discursos de frustração se repetem na nossa querida Salvador. Não são poucos os que não acreditam e não simpatizam com nenhum dos candidatos a prefeitura, mas sentem-se na obrigação de salvar a cidade daquele que considerem uma ameaça. Nesse caso, os votos claramente não serão dados considerando melhores propostas e maior experiência administrativa da máquina pública. Assim, a esperança não será depositada naquele que mais pode fazer, e sim, naquele que tiver menor poder destrutivo. Entenda-se poder destrutivo como a interpretação de alguns eleitores, de que determinados candidatos carregam em si as marcas determinantes da ambição ao poder, e do vício político. Consequentemente, essa ambição os levará a manifestação da corrupção interior que eles já carregam dentro de si, e então conheceremos a corrupção externa que se materializará em atos corruptos. Eu entendo os eleitores que fazem essa explícita confissão de desesperança, e concordo com eles no que diz respeito a não nos sentirmos representados nas ultimas eleições. A própria disputa entre os candidatos revela que alguns deles estão mais preocupados em manchar a imagem do seu principal oponente, do que em debater ideias. Basta a constatação de que os nossos processos eleitorais beiram o ridículo, e por incrível que pareça, a cara das nossas eleições é a cara da nossa sociedade. Não sonho com uma sociedade perfeita, mas sonho com uma sociedade que se renove de forma integral, e da sua renovação, promova transformações nas mais diversas instancias, inclusive na política. Carecemos de bases bem alicerçadas, e para sonharmos com transformações políticas significativas, precisaremos antes investir no ser humano que compõe essa sociedade. Grande parte desse trabalho começa com a estruturação da família, que reestruturada poderá ser agente de transformação a partir dos seus, e expandindo-se no seu raio de alcance influencie pessoas a mudaram o mundo. Talvez seja impossível uma pessoa mudar o mundo, mas não é impossível uma pessoa mudar o mundo ao seu redor. Sonhar é preciso, mas as grandes conquistas estão reservadas para aqueles que podem dar as suas vidas por aquilo que acreditam. É por isso que o meu grande herói se chama: JESUS!

Heber Souza